Robson Z. Conti 
  Pesquisador Senior 
  
   
   
   
  
   
   
   
   
   
   
   
  Joined: 09 Jan 2012 
  Posts: 389 
  Location: Jundiaí 
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    Posted: Thu Oct 04, 2012 7:22 am Post subject:  
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Continuo com a minha tentativa de responder às questões
    propostas na postagem http://forum.if.uff.br/viewtopic.php?p=8274#8274 dentro de um mesmo sistema de ideias.  
     
    Por que a Lei de Ampère é
    como é?  
     
    Esta “lei” (que efetivamente é uma
    regra obtida de modo totalmente empírico) usa o sentido convencional da
    corrente elétrica (do positivo para o negativo), que é contrário ao sentido
    real (do negativo para o positivo, pois a corrente elétrica em sólidos é o
    movimento ordenado de elétrons, que são negativos e atraídos para o polo
    positivo). Ela pode ser enunciada dizendo que “em um condutor no qual
    coloquemos o polegar da mão direita apontando o sentido (convencional)
    da corrente circulante, o campo magnético daí resultante terá o sentido
    apontado pelos demais dedos em torno do referido condutor”.  
     
    Pode-se claramente perceber o mesmo formato
    e mecanismo até agora apresentado de uma célula de convecção. O condutor
    seria o que foi denominado de “região central, em formato
    geralmente tubular, que recebe o material que para ela tende em uma
    extremidade e o transporta verticalmente de forma relativamente rápida para
    a outra extremidade, expelindo-o a seguir”. Só que o que é transportado
    neste caso são elétrons e, sendo ela uma célula bi-orientada (ciclônica),
    há também a rotação horizontal, que no caso é o campo magnético
    rotacionando em torno da região central, conforme foi explanado mais
    abaixo, o que torna os fluxos helicoidais.  
     
    Se a corrente elétrica é o movimento
    ordenado de cargas elétricas (neste caso de elétrons) e, se o sentido de
    deslocamento do elétron é que determina a direção do campo, então há algo
    no próprio elétron que produz este efeito. Quando há um alinhamento deles,
    seus efeitos são somados produzindo uma resultante que amplifica e torna
    perceptíveis aos comuns mortais que somos a sua íntima natureza e suas
    características, o que acaba tornando a região do condutor o equivalente a
    um elétron de dimensões macroscópicas. Desta forma, o fato do sentido de
    rotação do campo magnético ser sempre o mesmo e dependente do sentido de
    deslocamento dos elétrons é claro indicador e decorrente do fato dos
    elétrons livres sempre rotacionarem em idêntico sentido.  
     
    Para ser obtido o sentido de rotação do
    campo magnético usando o sentido real (ou eletrônico) de circulação
    da corrente elétrica, que é do negativo para o positivo, basta usar a mão
    esquerda* com o polegar apontando o sentido (real) da corrente elétrica que
    os demais dedos, em torno condutor, indicarão o sentido de rotação do campo
    magnético (que é o mesmo quando se usa a regra da mão direita, mostrada no
    endereço abaixo, para o sentido convencional da corrente, pois o sentido de
    rotação do campo magnético é um dado e não uma variável).  
    http://n.i.uol.com.br/licaodecasa/ensmedio/fisica/ampere-01.jpg  
     
    *Não confundir com a regra da mão
    esquerda de Faraday, que trata de outro assunto.  
     
    Outro detalhe a ser considerado é que, também
    conforme convenção, as linhas de força entram pelo polo sul
    (correspondente ao polo positivo da fonte de alimentação) , como se fosse
    na extremidade de entrada da região central da célula de convecção,
    e saem pelo polo Norte (correspondente ao polo negativo do circuito),
    retornando por fora, no que chamei de “região externa ou de retorno,
    em que o material espalhado pela extremidade de alta pressão retorna até a
    região em confluência, de onde será novamente levado à extremidade de baixa
    pressão da região central, em geral a fonte de energia do sistema,
    em que novamente é impulsionado de forma a manter o ciclo”, na postagem
    http://forum.if.uff.br/viewtopic.php?p=8521#8521, no que se constituiria no campo elétrico em torno do
    condutor, conforme explicado com maiores detalhes mais abaixo.  
     
    Como tudo no universo está em rotação e
    o próprio elétron tem movimento angular, o sentido de rotação do campo
    magnético em torno de condutores de corrente elétrica é determinado pelo
    sentido de rotação dos elétrons, os quais se comportam como ondas helicoidais
    se deslocando nos condutores.  
     
    []s  
     
    PS: [1] Já que faz muitas décadas que
    determinaram o sentido da corrente elétrica em condutores muito me estranha
    a literatura e as regras encontradas para “esclarecimento” usarem o sentido
    contrário, décadas depois de termos resolvido este detalhe de forma
    aparentemente definitiva.  
     
    [2] O texto a seguir detalha um
    pouco mais a maneira como vejo a circulação da corrente elétrica. Optei por
    coloca-lo no fim da postagem para que a Lei de Ampere pudesse ser tratada
    de forma menos extensa e para servir de introdução ao próximo assunto, que
    trata da Lei de Lenz.  
    De modo a investigar um pouco mais a
    circulação da corrente elétrica e os campos que passam a existir nesta
    situação, necessitaríamos de uma fonte de alimentação em corrente contínua
    (ou uma bateria), de forma a termos muitas cargas negativas em um polo e
    poucas no outro, bem como de elétrons livres ou facilmente removíveis de
    seus átomos no condutor. Uma vez satisfeitas estas condições, e antes mesmo
    de serem conectados os condutores à carga para dar inicio à circulação de
    corrente elétrica, ou seja, ainda sem termos fluxo de elétrons, vamos
    analisar a periferia do condutor para ver se houve alguma alteração.  
     
    Assim que um condutor é conectado ao
    polo de uma fonte de alimentação energizada, imediatamente este condutor se
    torna também energizado, ou seja, ele passa a possuir o mesmo potencial
    elétrico que o polo ao qual foi conectado e, mesmo que não haja a passagem
    de corrente, qualquer ponto dele já pode produzir praticamente todos os
    efeitos elétricos que a fonte pode, mesmo estando fisicamente distante
    dela. Mas como isto pode ocorrer?  
     
    Isto acontece porque, quando conectamos
    o condutor ao polo nós produzimos uma grande alteração, pois os seus
    elétrons livres foram deixados em contato com um lugar com excesso de
    elétrons (se este lugar for o polo negativo da fonte de alimentação) ou com
    falta de elétrons (se o lugar for o polo positivo). Como os elétrons têm
    fobia de lugares cheios de mais elétrons, ao serem conectados a um lugar
    cheio deles, eles já antecipadamente passam a ter a “tendência” de fugir de
    lá. E se forem conectados a um lugar com falta deles, os elétrons já passam
    a ter a “tendência” de se dirigirem para lá. É evidente que elétrons não
    têm vontade própria e a “tendência” acima descrita é em decorrência de sua
    carga elétrica, ou seja, da polaridade das partículas que estão sobrando ou
    faltando em determinada região.  
     
    Mesmo ainda não havendo fluxo de
    elétrons, a diferença de potencial elétrico aplicada aos condutores já leva
    à existência de um campo elétrico próximo a eles. Pelo “modelo elétrico
    padrão” eu não faço a menor ideia de como este processo se daria em termos
    fundamentais. Pois a simples conexão de um condutor ao polo de uma fonte já
    o dota de campo elétrico, o que não é mais sujeito a investigação pois, “na
    física moderna, as entidades essenciais são os campos”, conforme bem
    definiu o Marcelo Gleiser no artigo... http://www1.folha.uol.com.br/fsp/saudeciencia/53306-encontrado-o-boson-de-deus.shtml ... de modo que os campos não são explicados a não ser com
    definições que em última instância vejo como circulares, mais parecidas com
    um “porque é assim” do que com uma explicação com detalhamento de relações
    de causa e efeito bem definidas, ainda que por suposição.  
     
    Como um campo elétrico é em geral
    definido como uma região do espaço sujeita à influência de cargas elétricas,
    então a influência da presença do elétron está estabelecida mas não
    explicada. Pois já haviam elétrons no cabo e não havia campo elétrico com
    capacidade de produzir efeitos significativos nas proximidades dele (a não
    ser impedir a penetração de um corpo pelo outro) e a simples equalização do
    potencial elétrico daquele condutor com o terminal de uma fonte não
    explicaria esta capacidade que o condutor passou a dispor de produzir
    efeitos à distância, sem contato físico e sem algo que fosse interveniente
    entre o condutor e um objeto próximo a ele (em sistemas de extra-alta
    tensão ocorrem até mesmo descargas elétricas entre pontos próximos do mesmo
    condutor com pequenas irregularidades construtivas e corremos sério risco
    de ter experiências eletrizantes, quando não carbonizantes, mesmo a vários
    metros de distância).  
     
    Estando a explicação fundamentalmente
    satisfatória até este ponto, fica em aberto a questão do que forneceria ao
    condutor, antes mesmo dele ser conectado ao terminal da fonte, condição de produzir
    campo elétrico, o qual, como acima alertado, se for proveniente de tensões
    muito elevadas, pode causar graves acidentes com pessoal ou estruturas
    relativamente bem distanciadas dos referidos condutores. Já se analisarmos
    a mesma situação pelo modelo que considera que as linhas de força dos
    campos seriam o fluxo de partículas subatômicas elementares (préons)
    pertencentes a células de convecção naturalmente formadas pela tentativa
    também natural de equalizar a energia em dada região do espaço que passou a
    ser perturbada pela introdução de um desequilíbrio, há uma facilidade bem
    maior de descrever as causas, os processos e os efeitos observados de
    maneira coerente (e sem usar o termo “tendência” nenhuma vez). Vejamos
    então como isto se passaria.  
     
    Ao conectar uma das extremidades de um
    condutor a um dos terminais de uma fonte de alimentação (ou a um dos polos
    de uma pilha), passa a ocorrer o deslocamento de elétrons entre este
    terminal e a outra extremidade do condutor (na verdade há apenas uma pequena
    movimentação deles, chamada de eletromigração). Esta seria uma operação de
    estabelecimento do campo elétrico, que considero na forma e mecanismo
    operacional de uma célula de convecção do tipo mais simples, com a
    finalidade de equalizar o potencial elétrico entre as duas extremidades do
    condutor (o condutor seria o que foi denominado como região central
    da célula).[Para melhor apreensão da denominação que está sendo usada para
    as regiões das células de convecção, ver a postagem http://forum.if.uff.br/viewtopic.php?p=8521#8521 - figura no http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/0/08/Convection.gif]  
     
    Além da região central, todas as demais
    regiões da célula de convecção, seriam formadas por fluxos de préons, os
    quais seriam os responsáveis por dotar o condutor das mesmas propriedades
    elétricas existentes nos terminais da fonte de alimentação e, no seu
    conjunto, esta célula seria o campo elétrico do condutor, no qual o
    terminal negativo faria às vezes da “base” da célula e o terminal positivo
    o “topo”. Nesta situação, o fluxo de préons do que foi denominado como região
    de retorno da célula é que se projetará para fora do condutor e o
    dotará da condição de produzir efeitos à distância que se observa nestes
    casos.  
     
    Terá sido formada já uma célula de
    convecção, pois já existe a região central e também as demais regiões, mas
    uma célula extremamente fraca, pois a corrente é “de fuga”, ou seja, muito
    pequena para aquele sistema. Um detalhe interessante é que, se alguém
    conectar um condutor ao outro terminal da fonte, este condutor passará a
    apresentar também campo elétrico, invertido em relação ao condutor que foi
    ligado ao primeiro terminal. Se colocarmos as extremidades de dois
    condutores cada vez mais próximas, passará a existir uma corrente,
    extremamente diminuta e variável, como a corrente de carga de um capacitor,
    mas cada vez maior, até que, mesmo sem encostar um condutor no outro,
    haverá a formação de um arco voltaico entre as extremidades.  
     
    O aumento desta corrente de acordo com
    a proximidade é decorrente da interação entre os campos elétricos e pode
    ser produzido também pelo aumento da tensão elétrica fornecida pela fonte.
    Mesmo o arco voltaico nada mais será do que uma região central de
    outra célula de convecção tentando produzir equilíbrio entre regiões com
    diferença de potencial (que neste modelo seria a pressão de partículas subatômicas
    elementares) maior que o que aquela camada pode suportar. Este efeito pode
    ser explicado pela interação dos fluxos de partículas elementares (préons)
    produzidas tanto pela maior proximidade quanto pelo aumento da tensão
    elétrica (com correspondente aumento do campo elétrico).  
     
    Fazendo um parênteses, isto também
    explicaria o motivo de condutores paralelos percorridos por correntes
    elétricas no mesmo sentido se atraírem (concordância no sentido
    longitudinal de fluxos de préons da região externa da célula de
    convecção aumentaria a velocidade e diminuiria a pressão, como no efeito
    Venturi), ou se repelirem quando as correntes forem em sentidos opostos
    (oposição de sentido de fluxos longitudinais da região externa da
    célula).  
     
    Vamos agora colocar uma carga neste
    circuito elétrico e ver o que se passa. Assim que os dois condutores,
    previamente conectados aos polos positivo e negativo da fonte de
    alimentação, forem conectados a um dispositivo qualquer (resistivo para ser
    mais simples) passa a fluir a corrente elétrica através do circuito como um
    todo e passaremos a observar novos e eletrizantes fenômenos, pois em torno
    do condutor passará a existir também um campo magnético rotativo cujo
    sentido de rotação acabamos de ver quando tratamos da lei de Ampere.  
     
    Se já havia uma célula de convecção que
    era o próprio campo elétrico (com apenas um lóbulo e fluxos apenas
    verticais), nós passaremos a ter agora uma célula de convecção bi-orientada
    (ainda com apenas um lóbulo), com fluxos na vertical e na horizontal, pois
    em torno do condutor passaremos a ter um vórtice de partículas elementares
    (préons), cujo sentido de rotação é determinado por regras mnemônicas com o
    uso da mão direita (para o sentido convencional da corrente elétrica) ou
    esquerda (para o sentido real). Se compararmos o campo eletromagnético
    acima com a descrição de uma célula de convecção ciclônica (bi-orientada),
    referida abaixo como um furacão, poderemos verificar uma perfeita
    identidade, pois a descrição que se pode fazer de um furacão corresponde à
    descrição dos campos elétrico e magnético dos sistemas elétricos.  
     
    Os fluxos de ar de um
    furacão são compostos de linhas helicoidais de fluxo saindo da base do
    furacão e indo direto para o topo do mesmo por dentro do olho do furacão e
    linhas helicoidais longas retornando à sua base por todo o entorno do
    mesmo, além de fluxos de ar rotacionando em torno do olho do furacão.  
     
    Neste caso ainda resta explicar o
    motivo das partículas que formam as linhas de força do campo magnético
    passarem a girar com o início da passagem da corrente elétrica. Nos
    furacões e outras células ciclônicas, a rotação horizontal é devido a se
    confrontarem fluxos de fluidos em sentidos contrários que, ao se
    encontrarem e não poderem ocupar o mesmo lugar no espaço, passam a girar em
    torno da região em que se ocorreu o encontro, que é o que produz a célula
    ciclônica. Já em um circuito elétrico, principalmente se for de corrente
    contínua, há apenas um fluxo de equalização entre pontos dotados de
    diferentes concentrações de cargas elétricas e, a princípio, não
    aparentaria haver motivo para o giro. Só que, se mais uma vez não nos
    esquecermos de que nada neste universo se desloca efetivamente em linha
    reta e, principalmente, que os fluxos de partículas emitidos pela pilha
    elétrica saem de lá girando em alta velocidade, pois são produto de células
    ciclônicas (elétrons) e sairiam delas como o ar sai de um ventilador,
    girando, o que nos permite estabelecer uma relação direta de causa e
    efeito. Além disto, o terminal da pilha ou o polo da fonte que recebe as
    partículas também o faz através de um poderoso vórtice (são elétrons,
    giram). Levados em conta estes detalhes, seria um milagre se o campo
    magnético não girasse.  
     
    Este conjunto de detalhes e de
    concordâncias me leva, pessoalmente, a considerar que mesmo estando sujeito
    ao humano risco de enganar-me, este modelo aparenta-me ser muito coerente
    com as nossas observações.  
     
    [3]Apenas para conhecimento, a
    definição da unidade de corrente elétrica no SI afirma que “O ampère é a
    intensidade de uma corrente elétrica constante que, mantida em dois
    condutores paralelos, retilíneos, de comprimento infinito, de seção
    circular desprezível, e situados à distância de 1 metro entre si, no vácuo,
    produz entre estes condutores uma força igual a 2 x 10-7 newton
    por metro de comprimento”. 
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    O mundo é simples, é tudo igual, é tudo
    célula de convecção. 
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